Educação 4.0. A era dos makers

Educação 4.0. A era dos makers

Um ensino de qualidade jamais se restringirá a replicar conteúdo.
As competências exigidas pelo século 21 têm a ver com conceitos transformadores, que estão no cerne da Educação 4.0.

 

O processo ensino aprendizagem acompanhou sempre o mesmo modelo por décadas e décadas. A tecnologia foi chegando e ocupando seu espaço, mas a internet surgiu avassaladora, atropelando todos os processos fechados.

Um novo mundo se abriu para o conhecimento. Não há dúvida que persista sem respostas, aliás, várias. E aqui entra a figura do professor, como tutor e facilitador desse processo de busca pelo conhecimento. A pesquisa precisa ter um direcionamento e um discernimento. Na internet qualquer um publica o que quiser. Afinal, vivemos os tempos das fake news.

Com toda essa facilidade de acesso à informação e cientes de que os educadores precisam assumir um novo papel de intermediadores do saber, a Educação alcançou patamares mais elevados. O arsenal tecnológico e a vasta oferta de conhecimento devem ser utilizados de forma inovadora.

Um ensino de qualidade jamais se restringirá a replicar conteúdo. A Educação 4.0 é representada por movimentos como o “hands on” (mão na massa), o “learning by doing” (aprender fazendo) e a cultura maker. Buscar o conhecimento e encerrá-lo dentro de si mesmo não faz mais sentido. A Geração Millennium está demonstrando que, mais do que nunca, as possibilidades são infinitas e é preciso compartilhar as descobertas.

As competências exigidas pelo século 21 têm a ver com conceitos transformadores como colaborar, criar, pesquisar, compartilhar. A partir disso fica simples compreender a incrível capacidade dos jovens como autodidatas e como a sua curiosidade e criatividade estão cada vez mais aguçadas.

Para possibilitar que esse processo transborde no ambiente escolar é preciso que as escolas criem espaços inovadores que propiciem o desenvolvimento de competências, onde a base do saber será a pesquisa e o compartilhamento de ideias e vivências.

Propor e resolver situações-problema não é mais um desafio, é o dia a dia de estudantes que construirão o futuro próximo. Técnicas de aprendizagem como STEAM (sigla de Science, Technology, Engineering, Arts, Mathematics) são ideais para esse novo cenário educacional. A interdisciplinaridade ganha movimento na forma de trilhas de conhecimento e ultrapassam os métodos antigos, estáticos.

Investigar, descobrir, conectar, refletir são processos inerentes às novas gerações, cabendo aos mestres fomentar a autonomia e a troca dentro do espaço escolar, seja ele uma sala de aula, um ambiente virtual ou um estudo do meio.

Espaços para criação coletiva, chamados de Fab Labs (Fabrication Laboratories), devem oferecer o ferramental para o processo de expansão criativa, como kits de robótica, impressora 3D, máquinas CNC de corte a laser e similares. Esse ambiente favorecerá, mais do que a anterior cultura do “do-it-yourself” (faça você mesmo), a cultura maker, que transcende as descobertas e realizações individuais.

A cultura maker traz em si a base do compartilhamento de tudo: ideias, vivências, experiências, dúvidas, aprendizado… Essa troca e essa busca pela realização conjunta é a essência de tudo, muito mais relevante do que o produto final.

Dale Dougherty, o fundador da primeira revista do movimento maker, publicada nos EUA em 2005, deve estar extasiado com a velocidade com que essa nova realidade vem se desenrolando. Estamos entrando num novo mundo, vivendo um tempo de aprendizado conjunto e de uns com os outros. É preciso fazer uso inteligente dos impulsionadores da transformação para que possamos atuar de forma colaborativa, saber usar a empatia, criar projetos com impacto social e desenvolver competências sócio-emocionais criativas e fundamentais para as novas exigências que já brotam aqui e acolá.

Esse é um chamado aos educadores. Coloquem a mão na massa e favoreçam o fazer para nossos alquimistas do futuro.

Iris Sayago - MTb 15737
Coordenadora de Marketing - Colégio Palavra Viva

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