A educação psicomotora pode evitar vários problemas como a má concentração,
confusão no reconhecimento de palavras,
confusão com letras e sílabas e outras dificuldades relacionadas à alfabetização.
O desenvolvimento psicomotor é de suma importância para uma aprendizagem satisfatória contribuindo para o processo de amadurecimento no período escolar, principalmente na fase de alfabetização.
A psicomotricidade bem desenvolvida permite à criança maior habilidade com os conceitos matemáticos, uma vez que a matemática pode ser considerada uma linguagem cuja função é expressar relações de quantidade, espaço, tamanho, ordem, distância etc. À medida que brinca com formas, quebra-cabeças, caixas ou panelas, a criança adquire uma visão dos conceitos pré-simbólicos de tamanho, número e forma. Ao introduzir contas no barbante ou colocar figuras em quadros, a criança aprende sobre sequência e ordem; adquire o conhecimento de vocabulário, o que amplia suas ideias de quantidade como: mais, menos, muito, pouco, adicionar, subtrair. Uma criança que teve seu desenvolvimento motor satisfatório conhecerá bem seu próprio corpo e através dele chegará ao domínio do espaço e à adequação no tempo; sua orientação será precisa, pois as informações exteroceptivas que recebeu foram concretas. Sua afetividade, expressa através da postura, das atitudes e dos comportamentos será harmoniosa, os contatos bem sucedidos, e sua aceitação no meio será integral. Essa criança não apresentará problemas psicomotores e, com certeza, será bem-sucedida, tanto do ponto de vista da aprendizagem escolar, como afetiva e socialmente.
Provavelmente as causas das dificuldades escolares dos alunos que se encontram nas séries iniciais, surgem de falhas no desenvolvimento da educação psicomotora. Por isso, já existe uma grande conscientização dos professores em trabalhar a psicomotricidade dentro da escola como recurso auxiliar e essencial do processo ensino-aprendizagem. Já temos estudos feitos fundamentados em nossa realidade, que demonstram que somente uma minoria das nossas crianças recebe estímulos necessários para atingir o amadurecimento dos neurônios, das funções psiconeurológicas indispensáveis para atingir seu desenvolvimento físico e mental, e base para as operações cognitivas.
O trabalho falho com a educação psicomotora acarretará inúmeros prejuízos à formação do aluno como falta de percepção do espaço e tempo, falhas na lateralidade, falhas na atenção visual, na memória, audição, problemas de escrita como disgrafia, dislalia, disortografia, que acarretarão prejuízos sérios ao processo de leitura e escrita.
A educação psicomotora na educação infantil e séries iniciais do ensino fundamental atuam como prevenção. Com ela podem ser evitados vários problemas como a má concentração, confusão no reconhecimento de palavras, confusão com letras e sílabas e outras dificuldades relacionadas à alfabetização. Uma criança cujo esquema corporal é mal formado não coordena bem os movimentos. Suas habilidades manuais tornam-se limitadas, o ato de vestir-se e despir-se torna-se difícil, a leitura perde a harmonia, o gesto vem após a palavra e o ritmo de leitura não é mantido ou, então, é paralisado no meio de uma palavra.
Hoje já temos modelos de escola, um exemplo deles é a “Escola Ativa” na Finlândia, que tem a combinação de aprendizado e atividade física onde os alunos se movimentam com atividades em todas as aulas independente do conteúdo. Antes de uma avaliação eles fazem uma corrida divertida, para fazer com que o cérebro ative a serotonina, substância encontrada no cérebro que desempenha importante função fisiológica como neurotransmissoras, vasoconstritor e regulador da atividade, ativando a memória e auxiliando no bem-estar emocional. Observando que a Finlândia é apontado como o país mais feliz do mundo pela ONU, pois seu modelo de educação colabora para isso.
Rodrigo Leal Prof. Educação Física Colégio Palavra Viva