Até bem pouco tempo, mas ainda no século passado, falar em educação era sinônimo de competências técnicas, as quais garantiriam ao aluno um futuro tranquilo, com vaga garantida no mercado de trabalho. Hoje o mercado já não busca as mesmas habilidades, não basta ter apenas um perfil voltado à sua área de atuação específica.
Segundo a Gallup, desenvolvedora de pesquisas de opinião, 91% das empresas buscam candidatos que pensem criticamente, que se comuniquem com clareza e saibam resolver problemas complexos. Na esteira dessa tendência, o Linkedin levantou que 92% dos recrutadores entendem as soft skills como algo muito mais importante do que as hard skills para escolha de seus profissionais (https://www.tecmundo.com.br).
Soft e hard skills
Os novos termos definem as competências buscadas para as novas vagas, onde hard (do Inglês, difícil, duro) expressam as competências técnicas e soft (do Inglês, leve, suave) indicam as competências comportamentais.
Ou seja, mais do que nunca, busca-se um perfil comportamental, com habilidades interpessoais, muito mais do que um nerd, que debruçou nos livros e experimentos, fugindo ao convívio social.
O conteúdo técnico pode ser aprendido e desenvolvido por uma máquina, um robô, enquanto as habilidades para se viver em sociedade demandam muito mais do que isso. Elas fazem parte do perfil do indivíduo, mas podem ser ensinadas, vivenciadas e aprimoradas. E isso deve ser feito já na primeira infância.
O mundo VUCA
Na década de 90 o mundo empresarial passou a utilizar o termo, para definir o ambiente em que estamos inseridos, onde V significa Volatility (Volatilidade), U Uncertainty (Incerteza), C Complexity (Complexidade) e A Ambiguity (Ambiguidade).
Hoje, vivenciando esse novo século, o ano de 2022 tem nos mostrado algo bem próximo a esse sentimento de incerteza e complexidade. Doenças pandêmicas, guerras e o surgimento de tantos comportamentos exacerbados demonstram o quanto precisamos adquirir habilidades humanas para o convívio interpessoal.
- Ética
- Criatividade
- Comunicação
- Colaboração
- Pensamento crítico
- Liderança
- Empatia
- Adaptabilidade
- Resiliência
- Autocontrole
- Foco
- Inteligência emocional
- Gestão do tempo
- Proatividade
- Negociação
- Persuasão
- Tomada de decisão
Todas essas são competências necessárias àquele que quer ir mais longe, desde que tenham como aliada a mais importante ferramenta do século: a tecnologia.
Uma nova educação
As escolas que conseguem enxergar esse contexto global com certeza trarão uma contribuição inestimável a esses novos profissionais, porque eles serão vistos antes de mais nada como pessoas incríveis e, por conta disso, profissionais altamente capacitados, habilidosos, criativos, inovadores, os protagonistas de um mundo novo.
O ambiente escolar passou a ser um AVA – Ambiente Virtual de Aprendizagem. E aqueles que ainda não tinham se dado conta disso aprenderam à força, durante a pandemia. A onda tecnológica provou que o aprendizado é muito mais rico quando fazemos uso das ferramentas que ela nos empresta. Tudo está à mão, o mundo está logo ali a um click, colocando indivíduos de localizações geográficas opostas frente a frente, num segundo.
Cultura Maker, Design Thinking, Gamificação, STEAM passaram a fazer parte da rotina escolar das instituições que já preparam suas crianças e jovens para a próxima década, porque hoje o mundo gira muito mais rapidamente, uma década é o que antes era um século.
Formando personalidades
Trazer as soft skills para dentro dos projetos escolares, desde a Educação Infantil e fazer com que estejam presentes, como competência transversal é o segredo para que a personalidade ainda em formação possa absorver e vivenciar as facetas comportamentais necessárias. Essas práticas não cognitivas são modos de agir essenciais para caminhar com fluidez, leveza e objetividade em todas as áreas da vida.
Iris Sayago -MTb 15737 Coordenadora de Marketing Colégio Palavra Viva