Mais do que instrumento de entretenimento ou ferramenta utilizada por educadores, a música está presente em absolutamente tudo. A forma e a frequência com que a utilizamos é o que faz a diferença.
Qual foi a última vez em que você ouviu uma música? Não seria nada surpreendente se você respondesse que está ouvindo uma melodia neste exato momento. No carro, no trabalho, na escola, descansando em casa e até no banho, lá está ela para alegrar, consolar e até relembrar momentos vividos.
Estudos comprovam que a música atua diretamente em diversas regiões do cérebro, instigando emoções, criatividade, equilíbrio… Aliás, o “tratamento musical” ou musicoterapia pode ser altamente eficiente em casos de doenças neurológicas degenerativas, autismo, mal de Alzheimer, doenças cardíacas, amnésia e outros casos.
A música como terapia curativa está presente desde a cultura egípcia e tinha grande destaque na história da Grécia Antiga. Aristóteles dizia que ela era “uma força capaz de purificar as emoções”. Platão também sugeria aos educadores da época que utilizassem a música como principal aliada nas atividades com as crianças e jovens. Segundo ele, “a música é instrumento educacional mais potente do que qualquer outro”.
De fato, na Alemanha foram desenvolvidas pesquisas que corroboram para a eficácia da música no aprendizado. Tais estudos apontam que pessoas que desenvolvem algum trabalho com música têm uma área do cérebro 25% maior do que aquelas que não o fazem.
Regiões do cérebro diretamente influenciadas pela música
Se analisarmos o desempenho de alunos em ciências exatas como a Matemática, encontramos índices que chegam à casa dos 100%. Mas as notas musicais, o ritmo, a melodia beneficiam também os aspectos da comunicação humana. Resultados compilados após diversas pesquisas americanas, realizadas na Universidade de Northwestern, afirmam que a música ativa as conexões neurais, expandindo a percepção cerebral. Nesse trabalho ficou evidenciado que aqueles que tocam um instrumento musical condicionam o cérebro a selecionar o que é relevante num processo complexo, por exemplo, além de refinar o tom da fala, ampliar o vocabulário e treinar a memória.
Por conta disso, a música também se mostra excelente no aprendizado de idiomas, treinando o ouvido para compreender e interpretar a sonoridade de novas palavras, diferentes do vocabulário usual, além de aperfeiçoar a pronúncia.
Pesquisas empíricas indicam que a música clássica é a ideal para ser ouvida enquanto se estuda determinado conteúdo, mas outros gêneros podem se adequar melhor às demais preferências musicais. A sugestão é que você evite ouvir músicas mais conhecidas, enquanto estuda um conteúdo com o qual não esteja muito familiarizado. É provável que você se pegue cantarolando em lugar de tentar compreender o que estiver estudando.
O importante é saber fazer uso da música e de seu incrível poder de expandir a criatividade, ampliar a concentração e a compreensão, proporcionar o equilíbrio emocional, otimizar o raciocínio lógico e a memória e até promover a sintonia entre as pessoas de um mesmo grupo.
Segundo a Federação Mundial de Musicoterapia, a utilização da música como instrumento de cura e aprendizado “objetiva desenvolver potenciais e restabelecer as funções do indivíduo para que possa alcançar uma melhor integração intra e interpessoal e, consequentemente, uma melhor qualidade de vida.”
Iris Sayago - Mtb 15737 Coordenadora de Marketing - Colégio Palavra Viva